O “cururu” é um estilo de dança folclórica brasileira, tradicionalmente praticada na região centro-oeste do país, principalmente nos estados de Mato Grosso e Goiás. Essa dança tem suas raízes na cultura indígena e é caracterizada por movimentos animados, ritmo marcante e letras improvisadas.
Origem do cururu
A origem exata da dança cururu é difícil de determinar, pois é uma prática folclórica transmitida oralmente ao longo das gerações. No entanto, acredita-se que o cururu tenha suas raízes nas culturas indígena, africana e portuguesa, que se misturaram na região centro-oeste do Brasil.
Os povos indígenas que habitavam a região já tinham suas próprias formas de dança e música, e essas tradições se entrelaçaram com as práticas trazidas pelos africanos escravizados durante o período colonial. Os africanos trouxeram consigo ritmos, movimentos e instrumentos musicais que foram incorporados à cultura local.
Com a chegada dos portugueses e a colonização da região, houve ainda mais influências culturais, incluindo elementos da dança e música tradicionais portuguesas. Essa mistura de influências indígenas, africanas e portuguesas resultou no desenvolvimento do cururu como uma expressão cultural única e característica da região centro-oeste do Brasil.
Ao longo dos anos, o cururu tem sido preservado e transmitido pelas comunidades locais, especialmente em áreas rurais, onde as tradições folclóricas são mantidas vivas. Hoje, o cururu continua a ser uma forma de expressão cultural significativa e é valorizado como parte do patrimônio cultural brasileiro.
Características da dança
O cururu é geralmente executado em pares, com homens e mulheres formando uma roda e dançando em movimentos coreografados. Os dançarinos acompanham a música com palmas e passos específicos, criando uma atmosfera alegre e festiva. Os instrumentos musicais tradicionais usados para acompanhar o cururu incluem a viola caipira, a viola de cocho, a viola de buriti e a adufo.
Essa dança é geralmente realizada em festas populares, celebrações religiosas, como a Festa do Divino Espírito Santo, e outras ocasiões festivas na região centro-oeste do Brasil. O cururu é considerado uma importante expressão cultural e representa a identidade e a tradição dessa região específica.
É importante ressaltar que, como em qualquer forma de dança folclórica, as características exatas do cururu podem variar dependendo da comunidade e das tradições locais.
Como se dança cururu?
Para dançar o cururu, é útil seguir alguns passos básicos. Aqui está um guia geral:
- Posicionamento: Forme uma roda com os dançarinos, com homens e mulheres alternados. Dê as mãos uns aos outros e fiquem em pé, prontos para começar a dança.
- Passos básicos: O cururu é dançado com passos curtos e enérgicos. Você pode começar com passos para frente e para trás, batendo os pés no chão de forma rítmica. Mantenha os movimentos leves e fluidos, seguindo o ritmo da música.
- Palmas: As palmas são uma parte importante do cururu. Acompanhe a música batendo palmas no ritmo. Geralmente, as palmas são sincronizadas com os movimentos dos pés e outros instrumentos musicais.
- Movimentos do corpo: O cururu também envolve movimentos do corpo, como balançar os braços e o tronco. Fique atento aos dançarinos ao seu redor e siga seus movimentos. Lembre-se de que é uma dança animada e festiva, então sinta-se à vontade para se soltar e se divertir.
- Improvisação vocal: Uma característica marcante é a improvisação vocal. Enquanto dança, os dançarinos podem improvisar letras ou versos, respondendo uns aos outros de forma espontânea. Essas improvisações são geralmente feitas em forma de desafio e são uma parte divertida e interativa da dança.
Lembrando que essas são apenas diretrizes gerais, pois pode variar dependendo da região e das tradições locais. É recomendável observar dançarinos experientes ou participar de aulas ou eventos folclóricos para aprender os movimentos específicos e aprofundar-se na prática do cururu.
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